quinta-feira, 5 de junho de 2008


Nos últimos tempos tecnologias foram desenvolvidas que possibilitam a
comunicação entre deficientes auditivos, com relação à educação, sua inclusão social e digital. Muitos projetos objetivam a integração pedagógica-social-cultural, na informática (conversão de qualquer página de Internet em LIBRAS), no celular enviar e receber mensagens de texto em LIBRAS. A legislação (Lei 10.436 de 24/04/02 e o Decreto 5626 de 22/12/05) determina: atendimento a pessoas portadoras de deficiência auditiva em LIBRAS, em repartições públicas e concessionárias de serviços públicos; melhor aproveitamento do servidor público, admitido em concurso, adequando o ambiente de trabalho às suas necessidades; atendimento de emergência em hospitais públicos, delegacias, ao 190, call-centers de órgãos públicos, sinalização pública, entre outros , em LIBRAS. Porém, muitos ainda estão longe de se apropriar de tudo isso por n motivos: financeiros, preconceito (as vezes até familiar), lei não cumprida na prática, "inclusão" nas escolas sem preparo, etc.. Se essa interação social, esses contatos sociais não acontecem, como o surdo vai instaurar sua identidade, expor sua visão de mundo, de si mesmo, sua palavra?
Esse olhar diferente para os surdos e para questões que dizem respeito ao seu desenvolvimento faz parte de uma história recente e com possibilidades animadoras, já que práticas tão excludentes foram realizadas no passado, que cabe lembrar (um pouco da história/http://www.dfjug.org/DFJUG/rybena/rybena_linha_tempo.jsp).
As tecnologias assistivas (recursos, equipamentos, serviços, estratégias e práticas) desenvolvidas para proporcionar aos deficientes auditivos mais independência e inclusão estão aí: dicionários em LIBRAS, programas didáticos, adaptações de acesso ao computador, equipamentos de auxílio para audição, adaptação de jogos e brincadeiras, comunicação alternativa e ampliada...e assim vai. O desafio é fazer com que o acesso chegue a essas pessoas que necessitam. Alguns educadores se empenham para que isso aconteça, mas na maioria das vezes eles também não estão preparados. Espero poder conhecer e entender melhor esse processo.

Textos lidos: Tecnologia Assistiva ( Ana Letícia Sales)
Sobre a proposta de Educação Inclusiva: notas para ampliar o debate (Adriana da Silva Thoma)
Sites: http://www.cedes.unicamp.br
http://www.bengalalegal.com/tecnol-a.php
http://www.rybena.org.br/rybena/default/index.jsp

Fonte:http://www.cecae.usp.br/usplegal/img/noticias/img_simb_surdez.jpg

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sites e artigos interessantes

www.bancodeescola.com/ciranda.htm
Este artigo fala sobre a distribuição de órteses e próteses. Essa é uma exposição que foi apresentada na plenária do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte em 09/08/2001.

www.bancodeescola.com/leniro.htm

Um ótimo texto sobre o significado do software DOSVOX na vida de um cego (texto feito por ele mesmo). Esse depoimento é bem engraçado em umas partes e triste em outras. São muito contratempos e reviravoltas nessa história que é ótima de ler.



PODE UMA PESSOA CEGA E SURDA APRENDER?

Helen Adams Keller
Foi uma
escritora, conferencista e ativista social Nascida no Alabama, foi dos maiores exemplos de que as deficiências físicas não são obstáculos para se obter sucesso. Helen Keller foi um extraordinária mulher, triplamente deficiente, que ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como febre cerebral (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Superou todos os obstáculos, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do nosso século. Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque onde ela passeava.Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiências.
Anne Sullivan foi sua professora, companheira e protetora.

Fonte: http://usandoasmaos.blogspot.com/

SITES

http://www.vezdavoz.com.br/

http://www.assistiva.org.br

http://www.acessobrasil.org.br/

http://usandoasmaos.blogspot.com/






Outras tecnologias

Boneco para ensinar LIBRAS



Também é possível ensinar LIBRAS através do lúdico, o que vem se mostrando ser uma boa técnica de didática.




Telefones para surdos


O TDD é um aparelho que permite que os mudos, surdos ou deficientes auditivos comuniquem-se pelo telefone. Ao invés de conversar normalmente, o usuário escreve usando o teclado do aparelho (que é semelhante a uma máquina de datilografia). Para realizar a comunicação telefônica são necessários dois TDDs, a menos que a chamada seja feita através do Serviço de Intermediação Surdo Ouvinte. O termo vem do inglês (telecommunications device for the deaf), mas no Brasil é conhecido como telefone de texto.

Relógio Despertador

Há modelos de relógio despertador vibratório para surdos, deficientes auditivos e pessoas com sono profundo. Esses equipamentos possuem display digital e oferecem opções para despertar: por vibração e alarme sonoro.



Tecnologias de uso no computador

Cdrom "Comunicar"

120 videojogos educativos associados à aquisição e ao desenvolvimento de vocabulário

Este Cd Rom foi desenvolvido pela equipe interdisciplinar da Escola Fono, em Belo Horizonte, composta por pedagogos, professores, fonoaudiólogos e psicólogos, tendo como objetivo proporcionar atividades lúdicas que facilitam a aquisição e o desenvolvimento da linguagem (enriquecimento léxico e desenvolvimento cognitivo) de alunos surdos e daqueles com atraso na aquisição e desenvolvimento do vocabulário tanto um sua versão falada quanto escrita.

Fonte: http://www.niee.ufrgs.br/ciiee2002/Demonstra%E7%F5es.pdf


Player Rybená

O Rybená Player é uma solução de acessibilidade web que traduz textos em português para Lingua Brasileira de Sinais.

Várias páginas da web já contam com esse software que é de muita importância para que o surdo possa ter um acesso menos limitado ao computador.

Para saber mais acesse
http://www.rybena.com.br/

Dicionário de LIBRAS

O objetivo é a divulgação em larga escala da língua de sinais LIBRAS, assim como o desenvolvimento de material didático lúdico e a sua utilização “online”, visando se tornar uma ferramenta potencializadora de instrutores e agentes multiplicadores e capaz de atingir, através da internet, todos os pontos do Brasil por mais distantes e inacessíveis que sejam.

Página: http://www.dicionariolibras.com.br


Aplicação Computacional para Auxílio na Alfabetização e Desenvolvimento da Fala de Pessoas com Deficiência Auditiva

Esse software foi desenvolvido por um grupo de alunos da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Seu objetivo é auxiliar os fonoaudiólogos a corrigirem o volume e a pronúncia dos deficientes auditivos, por meio de comportamento de gráficos.

Fonte:
http://www.assistiva.org.br/ta.php?mdl=jornal&arq=exibir&id=154

FALIBRAS

O projeto FALIBRAS, submetido e aprovado pelo CNPq e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), consiste na implementação de um sistema que, ao captar a fala no microfone, exibe, no monitor de um computador, a interpretação do que foi dito, em LIBRAS,na sua forma gestual, animada. Isto ocorrendo, de preferência, em tempo real.

Fonte: http://www.niee.ufrgs.br/ciiee2002/Demonstra%E7%F5es.pdf
Este artigo descreve uma etapa importante do sistema FALIBRAS, no que tange a transmissão da palavra em português, através do sistema computacional, para a língua LIBRAS.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Necessidades dos deficientes auditivos

Os surdos se relacionam de forma diferente com a linguagem, mesmo entre eles. Existem surdos que são oralizados, ou seja, que privilegiam a habilidade da fala e eficácia em leitura labial. Enquanto também existem surdos não oralizados que tem como primeira língua a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). O primeiro grupo tem uma maior capacidade de interagir com a cultura dos ouvintes e por esse motivo vem sendo considerado o dominante. Porém, o último grupo tem na utilização da língua de sinais a maior manifestação da sua própria cultura. Essas pessoas podem não conseguir ler fluentemente uma língua, ou falar claramente assim como acontece quando um ouvinte vai aprender uma língua diferente da sua. Os surdos nesse caso necessitam de um atendimento diferenciado.

Assim, de acordo com o SERPRO ( Serviço Federal de Processamento de Dados http://www.serpro.gov.br/acessibilidade/acesso.php):
Para acessar a web, por exemplo, muitas pessoas dependem de legendas para entender o conteúdo de arquivos de áudio.
Pode ser necessário ativar uma legenda de um arquivo áudio, fornecer ao usuário imagens suplementares para entender o contexto do conteúdo ou ainda fornecer a opção de ajuste no volume do áudio.

Existem também alguns exemplos de barreiras para o acesso do surdo à paginas da Internet. E esses obstáculos mostram que a web ainda necessita se adaptar para atender às demandas de todas as deficiências:

  • ausência de legendas ou transcrições de áudio.
  • ausência de imagens suplementares relacionadas, como o conteúdo do texto, que poder ter lenta compreensão por pessoas que tem como primeira língua, a de sinais e não a que está escrita ou falada na página.
  • ausência de linguagem simples e clara.

Definição e classificação da surdez

De acordo com o decreto 3289, de 20 de dezembro de 1999:

A deficiência auditiva é uma “perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis”. Há diferentes tipos de perda auditiva. São chamados de surdos os indivíduos que têm perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido.

Por sua vez, há uma classificação quanto ao grau da perda auditiva, avaliada em decibéis. De acordo com Roeser & Downs (2000):

  • A audição está normal quando há uma diminuição de até 15dB.
  • A perda entre 16 e 25 dB, corresponde a deficiência auditiva suave.
  • Leve quando a perda varia de 26 a 40 dB.
  • Moderada entre 41 e 55 dB.
  • Moderadamente severa entre 56 e 70 dB.
  • Severa entre 70 e 90 dB.
  • Profunda quando for maior que 9o dB.

É importante ressaltar que a audição é um estímulo que recebemos antes mesmo de nascermos, devido ao contato com nossa mãe. Para o deficiente auditivo, essa é uma fase que não faz parte do seu desenvolvimento. Por essa razão ele passa a buscar novos meios de compensar essa falta de comunicação. As Tecnologias Assistivas são importantes ferramentas para auxiliar a pessoa surda a resgatar o direito ao acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, pela escola e pela cultura.